quarta-feira, 17 de junho de 2009

10 passos para escolher um bom livro - Revista Crescer JUN/09


1. Desbrave pela literatura infantil
Sempre que tiver oportunidade, explore livros infantis – seja em bibliotecas, livrarias, salas de espera, na escola de seu filho ou na casa de amigos, não importa. Folheie, leia as histórias, observe as ilustrações e o estilo do autor. Quanto maior for seu repertório, mais elementos você terá para, nos momentos oportunos, escolher bons livros para seu filho.

2. Vá além da indicação de idade
Aqui em CRESCER você sabe que indicamos a faixa etária que pode se interessar pelo livro com o termo “a partir de”. Por isso, encare as indicações – tanto nossas como das editoras, por exemplo – com uma direção apenas. Nunca, nunca é cedo demais. Para bebês, livros de plástico e pano são a resposta certa. Até 1 ano a 2, eles vão adorar, por exemplo, os que têm alguma textura. Conforme crescem, as crianças se interessam pelos tipos cartonados, além dos que utilizam pop-ups e dobraduras. Para crianças um pouco maiores, em geral, as ilustrações também são sempre muito relevantes. Em relação às histórias, é bom prestar atenção na complexidade, tamanho do texto e vocabulário, e leve em consideração se é você ou ele quem está lendo. Para os em fase de alfabetização, os livros em letra bastão (ou letra de forma) são um estímulo e tanto à leitura. Uma criança pode gostar de um livro dirigido a crianças mais novas, ou já se interessar por algo para as mais velhas.

3. Conheça seu leitor
Seu filho já se encantou com os livros de um determinado autor, personagem, estilo ou coleção? Ele gosta de poesia ou o que mais chama a atenção são as imagens? Prefere personagens aventureiros ou mais introspectivos? Está atualmente fascinado por bruxas ou gosta de animais? Use sua sensibilidade para ler as dicas que seu próprio filho dá sobre as preferências literárias.

4. Resgate suas preferências de infância
Você se encantou com Flicts? Robinson Crusoé? Marcelo, Marmelo, Martelo? Busque na memória suas preferências literárias de infância, conte para seus filhos suas experiências com esses livros e ofereça a eles a oportunidade de experimentar essas obras (e trocar experiências com você).

5. Faça da literatura infantil um assunto
Com parentes, outros pais, com a professora da escola, com uma bibliotecária ou com o vendedor de sua livraria infantil preferida, converse sobre os livros infantis, os títulos atraentes aos olhos das crianças, os mais bem aceitos, lançamentos, etc. No boca a boca, você consegue preciosas dicas.

6. Ofereça diversidade
Contos clássicos e modernos, poesias, livros de imagens e quadrinhos: é importante a criança ter acesso à diversidade, poder explorar diferentes gêneros, estilos e linguagens. Se forem os clássicos, prefira as versões que não ocultem passagens importantes e personagens “sombrios” (leia a matéria sobre livros politicamente corretos).

7. Test-drive literário
Uma grande vantagem dos livros infantis é a possibilidade de examiná-los na íntegra antes de comprá-los. Ao escolher um livro para seu filho, opte por obras que o encante não apenas como mãe ou pai, mas como leitor (mesmo porque, se a criança gostar muito do livro, pedirá para você ler para ela várias vezes).

8. Leia sobre a literatura infantil
Em revistas, jornais, blogs e sites que tratem de literatura infantil, procure se informar sobre sugestões de especialistas, bons lançamentos e livros premiados. Podem ser boas referências para futuras investigações em livrarias...

9. Use e abuse das bibliotecas
Não apenas as livrarias, mas também as bibliotecas são ótimos mediadores entre a criança e os livros. Elas possibilitam uma experimentação bastante ampla e diversificada, sem custos. São ótimas oportunidades para se conhecer novos autores e gêneros literários.

10. Permita que a criança faça suas escolhas
Por mais que a criança queira um livro que você não julgue excepcional, permita que, na biblioteca ou na livraria, ela também tenha a oportunidade de decidir qual levar. Em crianças mais velhas, especialmente, pode acontecer de elas só quererem ler o que escolhem (além dos indicados pela escola, claro). Indique alguns títulos, mas não faça imposição em relação às leituras.


Fonte: Revista Crescer JUN 09


segunda-feira, 8 de junho de 2009

As Escolas encaram o Bullying - Veja JUNHO/09

ESCOLAS APOSTAM EM PREVENÇÃO

“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta.”

O trecho acima, que abre o romance O Ateneu, lançado em 1888 por Raul Pompéia, permanece um clássico escolar. Para muitos, ir ao colégio demanda valentia. Isso se deve a um tipo de violência que é antiga, mas vem sendo popularizada sob o conceito de bullying – palavra inglesa que significa intimidar e atormentar e vem preocupando cada vez mais as escolas brasileiras.
Embora não haja números oficiais, a prática de atazanar colegas – muitas vezes confundida por pais e educadores com uma simples brincadeira – já envolve 45% dos estudantes brasileiros, segundo estimativa do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar (Cemeobes), organização com sede em Brasília. O índice está acima da média mundial, que variaria entre 6% e 40%.
Contra o bullying, as escolas investem em estratégias de prevenção, com solução pontual dos conflitos. Conforme a gravidade, algumas instituições particulares lançam mão de medidas punitivas como advertência e suspensão. A prevenção se dá por meio de palestras, dinâmicas em sala de aula e orientação oral ou escrita sobre o uso saudável dos meios digitais – já que
parte do bullying ocorre on-line.
Privadas – Apesar da estimativa alarmante, as escolas particulares ouvidas pela reportagem de VEJA.com frisaram que são raros os casos de bullying dentro de seus muros. O combate ao problema é feito pelos professores ou por palestrantes convidados. “Discutimos o assunto com os estudantes num curso específico e endereçamos cartilhas sobre cyberbullying aos pais”, conta Cristiana Assumpção, coordenadora de tecnologia na educação do colégio Bandeirantes, de São Paulo. “A ideia é que o conteúdo seja reforçado em casa.”
A solução de conflitos tem início com uma tentativa de diálogo. “Quem nos avisa do bullying, em geral, é a vítima. Se o problema ainda não tiver tomado um grande vulto, conseguimos trabalhar de forma discreta, chamando os envolvidos para uma conversa. Se preciso, convocamos as famílias”, diz Fábio Aidar, vice-diretor-geral do colégio Santa Cruz. “Quando o caso toma vulto, chegamos a interromper aulas para discutir a questão com os alunos.”
A atuação do Colégio Chromos, de Belo Horizonte, vai no mesmo sentido. “Quando identificamos algum problema, conversamos com o aluno e imediatamente chamamos a família, que tem de ser conscientizada sobre o sofrimento enfrentado pelo filho, capaz de influir em seu desempenho escolar e nas suas relações com outros alunos”, diz Léa Maria Cunha, psicóloga do Chromos. “Também recomendamos à família que conduza o filho para uma terapia e acompanhe sempre sua rotina, saiba quem são seus amigos, converse com ele. O suporte dos pais é fundamental”.
O colégio Graphein, instituição de São Paulo que recebe alunos com histórico de dificuldades de adaptação, investe na linha relacional – ou seja, na interação entre estudante e escola. “A melhor forma de trabalho é o acolhimento com vínculo, é fazer o adolescente se sentir ouvido. O vínculo cria confiança e desmonta as defesas dele, melhorando a sua reflexão”, afirma Nivea Fabricio, diretora do colégio. “Nossos alunos, vítimas ou agressores, chegam fragilizados. É preciso resgatar a auto-estima de todos, porque, à medida que alguém se fortalece, deixa de temer o diferente e de sentir necessidade de se auto-afirmar.” Para Nivea, é preciso envolver também os pais nesse esforço.
Estado – Nas escolas públicas, a prevenção é dirigida aos professores, vistos como multiplicadores do saber. A especialista Cleo Fante, ex-presidente do Cemeobes, comandou um curso de capacitação para as 91 diretorias de ensino da rede estadual paulista, no início deste ano. A ideia era instruí-los a evitar a ocorrência de bullying nas escolas sob sua responsabilidade.
No Paraná, o tema faz parte de um curso de formação continuada para docentes, em que se discute o enfrentamento à violência. “O assunto reaparece em oficinas, grupos de estudos e materiais impressos”, diz Sandro Savoia, coordenador dos desafios educacionais contemporâneos da Secretaria de Educação do estado. O combate à violência é reforçado pela Patrulha Escolar, um grupamento da Polícia Militar que recebe formação extra para acompanhar o dia-a-dia das escolas, na tentativa de evitar ocorrências.Para Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), é acertado o movimento preventivo das escolas, principalmente quando reforçado por ações de reabilitação de agressores e vítimas. “A reabilitação tem de olhar o indivíduo como um todo, entender seu contexto e contemplar sua família. Não adianta apenas punir.”

FONTE: http://veja.abril.com.br/especiais_online/bullying/abre.shtml

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Indicação de Leitura : Coleção Terapia Infantil


As crianças de hoje são ativas, brincam e têm ao seu alcance inúmeros brinquedos, jogos de computadores e muita tecnologia. Mas, mesmo com todo entretenimento, elas podem se sentir desanimadas e entediadas.Como fazer de um dia chato algo espetacular – Um guia para as crianças enfrentarem o desânimo, nova obra da PAULUS Editora, é uma mensagem para pais, professores e outros adultos interessados em ajudar as crianças quando surgir esse problema.As crianças também se sentem sozinhas e inseguras, isso não é um problema exclusivo dos adultos, a diferença é que elas nem sempre sabem expressar esse sentimento angustiante e por isso, muitas vezes, sofrem em silêncio.O livro é recheado de idéias para incentivar as crianças a se sentirem melhor. Fazer uma lista com atividades legais e depois escolher uma que seja interessante, perguntar as suas curiosidades e traçar novos planos, quando aqueles que foram programados não deram certo, são formas que o autor R. W. Alley encontrou para mostrar o caminho da superação.No capítulo “Sempre há algo para fazer”, o autor dita palavras de ânimo, ajudando a criança a refletir sobre o desânimo e sobre o que pode fazer para melhorar. “Sentir-se entediado significa esperar que alguma coisa aconteça. Não espere! Vá em busca disso e faça algo”, afirma Alley.Como fazer de um dia chato algo espetacular faz parte da coleção Terapia Infantil que contém diversos títulos que colaboram com o desenvolvimento emocional das crianças, como por exemplo, Quando os pais se separam, Respeito é bom e faz bem, Deus é meu amigo, entre outros.R.W. Alley é ilustrador da série Terapia, que no Brasil, publicada pela PAULUS, já vendeu mais de um milhão de exemplares. Agora, está ilustrando também a série Terapia Infantil. Além de ilustrador, ele é autor de livros infantis. Reside em Barrington, Rhode Island, com a esposa e um casal de filhos.

Serviço
Como fazer de um dia chato algo espetacular – Um guia para as criançasenfrentarem o desânimoAutor: R.W. AlleyIlustrações: R.W. Alley
Coleção: Terapia InfantilEditora: PAULUSAcabamento: grampeadoFormato: 20,5 x 20,5- 32 pág- Preço:R$ 14,00Classificação: Infanto-juvenil
A imagem do produto (high resolution) está disponível em http://www.paulus.com.br/imprensa/detalha_divulgacao.php?id=2445
À venda nas principais livrarias do país e no portal http://www.paulus.com.br/
InformaçõesSimone Maximo – (11) 5087-3742 – imprensa@paulus.com.brRicardo Aretini - (11) 5087-3734 - assessor.imprensa@paulus.com.br
Meu comentário : Este é o tipo de notícia que eu adoro publicar. A coleção Terapia Infantil tem como objetivo auxiliar as crianças a lidar com vários temas difíceis. De uma maneira, simples e inteligente, são relatados vários assuntos como medo, perdão, tristeza, morte, religião, amizade e escola. Os livros contam com conselhos e reflexões que ajudam em como os pequenos podem lidar melhor com assuntos delicados do imaginário infantil. Temas esses que muitas vezes rondam as cabecinhas dos pequenos e mães e escola nem imaginam como abordar. Eu recomendo.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

SER MÃE


Nós estamos sentadas almoçando quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em 'começar uma família'. 'Nós estamos fazendo uma pesquisa', ela diz, meio de brincadeira. 'Você acha que eu deveria ter um bebê?' 'Vai mudar a sua vida,' eu digo, cuidadosamente mantendo meu tom neutro. 'Eu sei,' ela diz, 'nada de dormir até tarde nos finais de semana, nada de férias espontâneas.. .' Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha, tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar 'E se tivesse sido o MEU filho?' Que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar. Que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer. Olho para suas unhas com a manicure impecável, seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzí-la ao nível primitivo da ursa que protege seu filhote. Que um grito urgente de 'Mãe!' fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça sem hesitar nem por um instante. Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos ela investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia ela entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê. Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.
Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina. Que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino ao invés do feminino no McDonald's se tornará um enorme dilema. Que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando no banheiro. Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, ela se questionará constantemente como mãe. Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que ela jamais se sentirá a mesma sobre si mesma. Que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho. Que ela a daria num segundo para salvar sua cria, mas que ela também começará a desejar por mais anos de vida -- não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles. Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias se tornarão medalhas de honra. O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas. Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que através da história tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados. Eu espero que ela possa entender porque eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que eu me torno temporariamente insana quando eu discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro de meus filhos. Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta.

Eu quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez.Eu quero que ela prove a alegria que é tão real que chega a doer. O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos. 'Você jamais se arrependerá', digo finalmente. Então estico minha mão sobre a mesa, aperto a mão da minha filha e faço uma prece silenciosa por ela, e por mim, e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho este que é o mais maravilhoso dos chamados. Este presente abençoado de Deus... que é ser Mãe.

Autor:desconhecido